Seg, 29 de novembro de 2010
Muitas pesquisas têm sido realizadas à procura de novos tratamentos para o diabetes e a mais recente delas foi realizada em Ribeirão Preto, São Paulo. O trabalho ganhou as manchetes das revistas médicas e da imprensa de todo o mundo. Trata-se do primeiro transplante autólogo de células tronco adultas, onde os pesquisadores da equipe do Dr Voltarelli utilizaram células da própria medula óssea dos pacientes com diabetes do tipo I ou insulino-dependentes recém-diagnosticados. Os resultados são animadores, quase todos os pacientes voltaram a produzir insulina após a realização do transplante e permanecem assim nos últimos sete anos.
Tal procedimento ainda é extremamente agressivo e arriscado devido à quimioterapia a que eles devem ser submetidos para propiciar imunossupressão, que impede a destruição maciça do pâncreas pelos auto anticorpos dos pacientes. Os resultados ainda são iniciais e não sabemos como será a evolução deles. Mas a expectativa dessa linha de pesquisa é muito grande e devemos aguardar a expansão dos estudos através de um número maior de pacientes.
Nos últimos anos, temos acompanhado com muita expectativa e otimismo o surgimento de novas linhas de pesquisa e de novas modalidades de tratamento para o diabetes. Hoje, sabemos muito mais sobre essa doença. Suas várias faces de apresentação, sua evolução silenciosa e progressiva, sua capacidade de vitimar o coração, os olhos, os rins, sua resposta favorável ao controle nutricional e de peso, sua necessidade de múltiplos medicamentos para alcançar o controle metabólico, chegando à insulina exógena. Infelizmente, ainda não alcançamos a cura desta doença, mas, a cada nova pesquisa, a cada nova descoberta, nos aproximamos mais de um controle metabólico perfeito, que possibilite uma vida normal até que venha a cura.
Fonte: Uol
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