Sab, 06 de novembro de 2010
A angioplastia coronariana (AC) é um procedimento que consiste na dilatação de uma artéria do coração, chamada de artéria coronária,obstruída por um trombo (coágulo), através de um cateter provido de uma balão em sua extremidade (cateter-balão).
A AC costuma estar associada à liberação de uma estrutura metálica chamada de stent, no local da artéria aonde existe a obstrução, e é realizada a AC.
Um registro realizados nos Estados Unidos teve como objetivo avaliar os fatores relacionados ao risco de morte após uma AC.Entre janeiro de 2004 e março de 2007, foram realizados 181.775 procedimentos e registrados nessa base de dados norte-americana.
Após uma análise estatística, foi desenvolvido um modelo de risco, baseado em dados pré-procedimento e em dados angiográficos, ou seja, obtidos a partir do exame das artérias coronárias (após a realização do exame de cateterismo cardíaco).
O modelo foi avaliado separadamente em dois grupos: contemporâneo (número de 121.183 procedimentos, entre janeiro de 2004 e março de 2006) e prospectivo (número de 285.440 procedimentos, entre março de 2006 e março de 2007).
A população avaliada no estudo era de alto risco, sendo a idade média de 64 anos, 33% do sexo feminino, 32% com diabetes e 10% com insuficiência cardíaca ("coração fraco"). De modo geral, 51% dos procedimentos foram considerados não eletivos (urgências ou emergências), sendo 14% das AC em multiarteriais (duas ou mais artérias comprometidas).A mortalidade geral intra-hospitalar foi de 1,27%, variando de 0,65% em pacientes com AC eletiva a 4,81% naqueles com infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (obstrução total da artéria por um trombo).
Múltiplos fatores pré-procedimento foram significativamente associados com a mortalidade hospitalar.As variáveis angiográficas, ou seja, obtidas através do exame de cateterismo, evidenciaram apenas correlação modesta como informação adicional no cálculo de risco pré-procedimento.Das características angiográficas, a localização da lesão foi a que melhor demonstrou correlação (por exemplo, lesão de tronco da coronária esquerda e artéria descendente anterior proximal).
O modelo baseado nos dados do “National Cardiovascular Data Registry (NCDR)”, bem como seu escore simplificado (baseado em 8 variáveis), apresentaram um excelente poder de discriminação.As principais variáveis clínicas analisadas foram: idade, choque cardiogênico (falência cardíaca grave associada à queda da pressão arterial), insuficiência cardíaca prévia, doença vascular periférica (obstruções das artérias dos membros inferiores por placas de gorduras), doença pulmonar crônica (por exemplo, bronquite crônica e enfisema pulomonar), insuficiência renal (falência dos rins), classe funcional da insuficiência cardíaca (pacientes que sentem graus mais severos de falta de ar) e status da AC (eletivo, urgente, emergente, bem como, se a AC foi realizada na vigência de um infarto do miocárdio).
Fonte: Uol
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