6 de junho de 2011

Medicamento reduz risco de cancro da mama em 65%

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Seg, 06 de junho de 2011



Um fármaco antiestrogénico demonstrou uma "promissora" redução de 65% no risco de cancro da mama entre as mulheres pós-menopausa, indica um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard apresentado neste sábado, avança a Agência France Presse.
"A pesquisa pode significar um grande avanço para as mulheres que apresentam maior risco de desenvolver a doença, que afecta cerca de 1,3 milhão de pacientes no mundo a cada ano, causando a morte de 500 mil", afirmou o doutor Paul Goss, principal autor do estudo divulgado na reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago.
Um estudo clínico realizado num grupo do Canadá mostrou que o risco de cancro da mama em mulheres na menopausa diminuiu em 65% quando as pacientes foram medicadas com exemestano, um fármaco oral que reduz a produção de estrogénio, hormona que os médicos acreditam ter ligação com o aparecimento da doença.
"O estudo mostrou não só uma impressionante redução do cancro da mama como também o aparecimento de excelentes efeitos secundários", comemorou Goss.
A pesquisa sustenta que os inibidores de uma enzima chamada aromatase, como o exemestano - comercializado sob o nome de Aromasin® -, são diferentes de outras drogas antiestrogénicas, como o tamoxifeno e o raloxifeno, utilizadas como terapias preventivas para mulheres com alto risco de desenvolver cancro da mama.
Os três medicamentos são aprovados pela Agência de Drogas e Alimentos dos EUA (FDA). No entanto, efeitos secundários graves foram registados com o uso de drogas como o tamoxifeno, incluindo um raro, porém grave, caso de cancro de útero e coágulos de sangue potencialmente fatais.
O estudo de Goss, em contrapartida, afirma que inibidores da aromatase neutralizam a produção de estrogénio "sem as graves toxicidades observadas com o tamofixeno".
O estudo clínico foi realizado entre 2004 e 2010 com 4.560 mulheres dos EUA, Canadá, Espanha e França que apresentavam pelo menos um factor de risco, como ter 60 ou mais anos de idade ou manifestado tumores de mama anteriormente, incluindo um caso de cancro com mastectomia.

Fonte: RCM Pharma

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