5 de novembro de 2010

Esclarecimentos sobre o Relatório Mundial de Desenvolvimento Humano 2010 / Pnud

Notícias
Sex, 05 de novembro de 2010


Em relação ao Relatório Mundial sobre Desenvolvimento Humano 2010 – divulgado nesta quinta-feira (4) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) – o Ministério da Saúde faz as seguintes considerações: 1) Expectativa de vida
O relatório apresenta expectativa de vida para população brasileira, em 2010, subestimada em relação ao número projetado pelo IBGE e utilizado pelo Ministério da Saúde. Segundo o Pnud, o brasileiro vive em média 72,9 anos. Já o IBGE considera uma expectativa de vida de 73,4 anos.
2) Razão de Mortalidade Materna
A publicação do Pnud considera uma Razão de Mortalidade Materna (RMM) desatualizada para o Brasil: de 110 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos. A atual RMM considerada pelo Ministério da Saúde – que consta do Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos do Milênio, publicado no último mês de março pelo governo federal e apresentado ao Pnud – é de 75 óbitos por 100 mil nascidos vivos.
3) Planejamento Familiar
O relatório do Pnud divulgado nesta quarta-feira (4) não considera os avanços obtidos pelo Brasil em relação ao planejamento familiar. No indicador “taxa de prevalência de contraceptivos (qualquer método)”, contido no relatório, não são as consideradas as ações desenvolvidas nesta área.
É preciso destacar que o Ministério da Saúde reforçou a Política de Planejamento Familiar no país. As medidas desenvolvidas pelo governo federal incluem maior acesso a vasectomias e laqueaduras, distribuição de preservativos e ampliação do acesso a métodos contraceptivos.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente à população oito tipos de métodos contraceptivos. As mulheres em idade fértil podem escolher aquele que se encaixa melhor às suas necessidades. A pílula anticoncepcional e o Dispositivo Intrauterino (DIU) são os dois métodos contraceptivos mais procurados pelo público feminino no país.
Em 2003, as mulheres retiraram oito milhões de unidades de pílulas anticoncepcionais em postos de saúdes e hospitais de 4.920 municípios. Em 2008, o Ministério da Saúde chegou à marca histórica de distribuir esse tipo de método contraceptivo a todas as cidades do Brasil. E finaliza, em 2010, a compra de 50 milhões de cartelas de pílula anticoncepcional – quantidade seis vezes maior do que em 2003, quando foram compradas 8,1 milhões.
Em relação ao DIU, foram compradas 300 mil unidades em 2009, enquanto que, em 2003, haviam sido compradas 41,7 mil.
O investimento total em pílulas e outros contraceptivos alcança marca recorde em 2010. Até o final deste ano, serão investidos R$ 72,2 milhões. A verba é 605% superior ao que foi aplicado em 2003 (R$ 10,2 milhões).

FERTILIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Entre 2003 e 2009, a gravidez entre as mulheres de 10 a 19 anos caiu 20%, consolidando a tendência de queda desde o início da década. A redução está diretamente associada à ampliação do acesso a métodos contraceptivos na rede pública e nas drogarias conveniadas do programa Aqui Tem Farmácia Popular, bem como ao fortalecimento das ações de prevenção e planejamento familiar.
As ações educativas do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas – que trabalha na perspectiva da garantia dos direitos sexuais e direitos reprodutivos – reforçam a prevenção entre adolescentes e jovens. Uma delas é a distribuição de preservativos em cerca de 10 mil instituições de ensino. O programa foi implantado em 2008 e, desde então, beneficia 8,4 milhões de alunos em 608 municípios.


Fonte: Ministério da Saúde

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