13 de dezembro de 2010

Governo inaugura primeira unidade fluvial do Saúde da Família

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Seg, 13 de dezembro de 2010



Barcos da saúde levarão atendimento médico para Amazônia Legal e Mato Grosso do Sul. Municípios de Aveiro, Belterra e Santarém serão os primeiros beneficiados no Pará.
Embarcações levarão equipes de saúde da família para prestar atendimento médico às populações que vivem em comunidades ribeirinhas, de difícil acesso, localizadas na Amazônia Legal e no Mato Grosso do Sul. Chamado de Unidade Básica de Saúde da Família Fluvial, o primeiro barco será inaugurado nesta terça-feira (7), às 17h, em Santarém (PA), no Terminal Fluvial Turístico, com a presença da diretora do Departamento de Atenção Básica (DAB) do Ministério da Saúde, Claunara Mendonça, e da prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins Lima.
A estrutura conta com consultório médico e de enfermagem, recepção, laboratório, sala de procedimentos, farmácia, sala de vacina, cabines para os profissionais de saúde, cozinha e banheiros. Essa primeira unidade fluvial fará atendimento nos municípios paraenses de Aveiro, Belterra e Santarém. A cada 40 dias, a embarcação aportará em outro município.
Três equipes de saúde da família se revezarão no trabalho no barco. Cada equipe é composta por um médico, um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem, um biologista, um dentista, dois técnicos de saúde bucal e agentes comunitários de saúde.
“O Ministério da Saúde investirá R$ 40 mil, por mês, na iniciativa. Essa é a primeira de uma série de ações que visam ampliar ainda mais a população coberta pela Estratégia Saúde da Família (ESF). O intuito é tornar a atenção primária acessível em todo o território nacional, superando qualquer obstáculo, inclusive os geográficos”, afirmou Claunara.

PREVENÇÃO -

Estudos mostram que a atenção básica pode resolver mais de 80% dos problemas de saúde das pessoas. Com esse foco, as 31.500 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) estão presentes em 99% dos municípios brasileiros com um modelo de atendimento proativo, que investe em ações de promoção e prevenção. As equipes são responsáveis por uma comunidade específica e acompanham de perto a saúde daquela população, muitas vezes com atendimento domiciliar. A proximidade permite repassar às famílias informações sobre saúde e prevenção de doenças, reduzindo a necessidade de atendimento hospitalar e de internações.
Nos últimos sete anos, a ESF foi estruturada para ser a principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS) e resultou na melhoria de importantes indicadores, como a redução da mortalidade infantil. Entre 2003 e 2008, a proporção de óbitos em cada mil crianças nascidas vivas baixou de 23,6 para 19.
O estudo Primary Health Care and Hospitalization for Chronic Disease in Brazil mostrou que, entre 1999 e 2007, as ações do ESF resultaram na redução de 30% das internações entre as mulheres e de 24% entre os homens quando as causas estavam relacionadas a doenças crônicas. E a pesquisa “Uma avaliação do impacto do Programa Saúde da Família sobre a Mortalidade Infantil no Brasil”, do Ministério da Saúde, revelou que, a cada 10% de aumento na cobertura da Saúde da Família, a mortalidade infantil é reduzida em 4,6%.

Fonte: Cofen

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