Qui, 10 de março de 2011
Pesquisadores descobriram que recém-nascidos com deficiências nutricionais são "programados" para comer mais porque desenvolvem menos neurônios na região do cérebro que controla a ingestão de alimentos, afirma um artigo publicado no jornal "Brain Research". O resultado do estudo é importante para entender a influência do baixo peso em recém-nascidos que mais tarde tornam-se obesos.
O estudo realizado por um grupo de cientistas do Instituto de Pesquisas Biomédicas de Los Angeles, no Harbor-UCLA Medical Center (LA BioMed), sugere que o exagero na hora de comer está programado a nível das células-tronco antes do nascimento, quando a mãe tem uma nutrição deficiente ou inadequada.
Usando um modelo animal, os cientistas descobriram uma menor divisão e diferenciação das células-tronco neurais de um recém-nascido com baixo peso quando comparado com recém-nascidos com o peso normal. Estudos anteriores descobriram que o pequeno tamanho no nascimento seguido por um acelerado crescimento está associado a um risco maior de desenvolver obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão e osteoporose na idade adulta.
- Este estudo demonstra a importância da nutrição e da saúde materna na redução da obesidade - disse Mina Desai, pesquisadora da LA BioMed e autora do estudo. - A obesidade e as doenças associadas a ela são as principais causas de morte na nossa sociedade, no entanto, temos poucas estratégias eficazes de prevenção ou tratamento. Estes estudos sugerem que a nutrição das mães pode ser fundamental na prevenção destes problemas.
Além da obesidade, a descoberta de alterações do desenvolvimento cerebral sugere que restrições no crescimento do feto podem estar associadas a alterações cognitivas e comportamentais.
Fonte: Google Notícias

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