6 de abril de 2011

Medicamento contra queda de cabelos pode provocar disfunção sexual, diz pesquisa

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Qua, 06 de abril de 2011


Um estudo realizado pela Universidade George Washington, nos Estados Unidos (e divulgado pela publicação médica "Journal of Sexual Medicine"), aponta que a finasterida, medicamento utilizado em grande escala contra a queda de cabelos, tem um efeito colateral: pode provocar a redução do desejo sexual e, em casos mais graves, impotência. Isso mesmo após a interrupção do uso.
A questão é que os fabricantes da finasterida já citavam essa possibilidade na bula, mas negam que os efeitos continuassem após a suspensão do tratamento contra a calvície. A pesquisa foi realizada com 71 homens entre 21 e 46 anos com reclamações sobre o produto: os problemas sexuais persistiam por cerca de 40 meses após a interrupção. Os especialistas alertam que o resultado do estudo mostra que os homens devem ser avisados dos riscos.
"O estudo deve mudar a forma como médicos conversam com pacientes sobre a medicação", afirmou o endocrinologista Michael Irwig, de acordo com o site "Folha.com". O efeito da finasterida age da seguinte forma: bloqueando a atividade da enzima 5-alfa-redutase, responsável pela transformação do hormônio testoterona em dihidrotestosterona (DHT).
O DHT causa a queda dos fios de cabelos em homens com folículos capilares sensíveis à sua ação. Mas acontece que é o mesmo DHT que atua nos estímulos sexuais. O medicamento pode interferir e provocar as disfunções. A farmacêutica Merck Sharp & Dohme, fabricante do remédio Propecia (que tem a finasterida como base), contestou a metodologia da pesquisa.

Fonte: SRZD

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