7 de junho de 2011

Nova droga contra o Melanoma aumenta a sobrevida dos pacientes

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Ter, 07 de junho de 2011


Aprovado pelo FDA, Ipilimumab representa um grande avanço na luta contra o mais perigoso tipo de câncer de pele.
As pessoas que sofrem com Melanoma avançado acabam de ganhar um novo aliado na luta contra esse mal. O FDA (Food and Drug Administration) aprovou o Ipilimumab, substância que pode reduzir e até paralisar o crescimento do Melanoma. O novo medicamento recebeu aprovação durante o 47º Congresso Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, realizado em Chicago, nos Estados Unidos.
A notícia representa um grande avanço no campo da dermatologia oncológica e é vista com otimismo por autoridades e especialistas no assunto. O dermatologista Marco Antonio de Oliveira, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e do Grupo Brasileiro de Melanoma, acredita que em breve o Ipilimumab será aprovado também no Brasil. “Deveremos receber o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa medicação, pois esse é o primeiro agente comprovado para melhorar a sobrevida dos pacientes com Melanoma avançado”, afirma o médico.
Como inicia o câncer de pele -Cerca de 25% dos tumores malignos registrados no Brasil nos últimos anos referem-se ao câncer de pele. É o tipo de câncer de maior incidência no país. Em 2008, mais de 50 mil brasileiros manifestaram a doença, segundo estudos do Instituto Nacional do Câncer.
De acordo com o Dr. Marco Antônio de Oliveira, a doença se caracteriza pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e exige diagnóstico especializado. As células formam camadas, umas mais profundas que as outras, por isso os diferentes tipos de câncer de pele estão relacionados à profundidade das camadas afetadas.
“A pele humana possui a melanina, que é responsável por criar uma barreira que protege o núcleo das células contra os efeitos malignos de agentes externos, como a radiação ultravioleta dos raios solares. Quando as células da pele que possuem esse pigmento perdem sua função normal, tem inicio uma multiplicação celular desordenada, formando lesões irregulares que caracterizam o câncer”, afirma o especialista.
Melanoma - O Melanoma é tipo mais perigoso de câncer de pele, com alto potencial de produzir metástase. Não responde bem a tratamentos e representa aproximadamente 3% dos casos. Pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoce. É mais frequente em pessoas de pele clara e sensível. Normalmente, inicia como uma pinta escura.
Se não houver um rápido diagnóstico e tratamento adequado, o Melanoma pode provocar a destruição local das células da pele, deformações e, até mesmo, mutilações. Para esses casos, os tratamentos mais comuns incluem cirurgias ambulatoriais (ou de maior porte, nos casos mais graves), quimioterapia, imunoterapia e radioterapia. A predisposição genética e a exposição aos raios ultravioleta podem levar ao surgimento do câncer de pele. “Portanto, a principal medida é, sem dúvida, evitar a exposição aos raios solares - assim como usar protetor solar -, pois seus efeitos são cumulativos, fazendo com que a doença apareça após muitos anos”, afirma o Dr. Marco Antonio.
O Congresso Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica é um dos mais importantes da área de saúde e acontece anualmente em Chicaco, EUA. A edição de 2011, realizada de 3 de junho a 7 de junho, reuniu mais de 30 mil oncologistas e especialistas para debater avanços e estudos sobre o câncer e teve como destaque novos resultados de estudos com o Ipilimumab, da Bristol-Myers Squibb (BMS), que conseguiu aumentar a sobrevida dos pacientes portadores de melanoma em estágios avançados da doença de maneira superior aos tratamentos convencionais.

Fonte: Revista Fator

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