20 de setembro de 2011

Nota de Esclarecimento sobre a "Denúncia da Enfermagem" transmitida neste domingo 18/09 pelo programa da Rede Glogo, Fantástico

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20 de setembro de 2011




A matéria exibida neste domingo (18/9), durante o programa Fantástico, que retratou erros cometidos por profissionais de enfermagem não deveria ser interpretada como um ataque à profissão, mas sim uma forma de trazer à tona questões que necessitam da atenção do poder público já há muito tempo. Trata-se de situações que já fazem parte do cotidiano daqueles que atuam 24 horas nos hospitais e da sociedade, usuária do serviço público de saúde em todo o país.
Cabe a todos nós refletirmos sobre o que encontramos e o que merecemos quando procuramos um serviço público de saúde. Não é a enfermagem a vilã da crise na saúde pública do nosso país, mas, infelizmente, é a única profissão que permanece 24 horas na assistência, convivendo com as péssimas condições oferecidas à população e que também nelas são obrigadas a atuar.
O Sistema Rede Globo de Comunicação procurou tanto ao Cofen como o Coren-RJ na busca de dados referentes a quantidade de erros que vem ocorrendo, atribuídos aos profissionais de enfermagem. Durante os encontros com representantes do Coren-RJ foram apresentados os vários problemas que afetam diretamente a vida desses profissionais como: falta de piso salarial; excessiva carga horária de trabalho; baixos salários que acabam por obrigar, muitas vezes, esses profissionais a exercer dupla e até tripla jornada de trabalho; falta de material de proteção para exercício da profissão; falta de local apropriado para o descanso; falta de dimensionamento de profissionais nas u nidadesde saúde, causando sobrecarga e até comprometimento à assistência necessária.
A formação profissional, apontada como um fator fundamental para o bom desempenho no atendimento, determinante também na possibilidade de erros, foi priorizada pela equipe de edição do programa, faltando esclarecer que a fiscalização dessas escolas é de inteira responsabilidade das Secretarias de Estado de Educação e do Ministério da Educação
Do ponto de vista do Coren-RJ, a reportagem deixou a desejar no momento em que não aprofundou outras questões que foram apontadas, uma delas talvez a mais importante, a necessidade da diminuição da carga horária para 30 horas semanais, projeto de Lei que necessita ser aprovado no Congresso Nacional com a máxima urgência.
Enfim, o Fantástico desperdiçou a grande oportunidade de fazer uma reportagem mais completa, denunciando o cotidiano de trabalho da enfermagem e o que existe de projetos e propostas que podem mudar essa realidade.
O Coren-RJ acredita que sensibilizar o público, conscientizando sobre os problemas que a enfermagem vem enfrentando há tantos anos, poderá ajudar na conquista de muitos aliados, fortalecendo a luta por condições dignas de trabalho e na melhoria da assistência prestada à população.

Fonte: Coren RJ

5 de setembro de 2011

Homens também são vítimas de Câncer de Mama

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Seg, 05 de setembro de 2011


Mais freqüente entre as mulheres e considerada a doença temida por este público, justamente por atingir o símbolo da feminilidade, o câncer de mama foi responsável por 11.860 mortes no ano de 2010, sendo 11.735 mulheres e apenas 125 homens, segundo fontes do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apesar da pouca freqüencia no público masculino, a doença requer toda a atenção necessária.
No Brasil, estima-se que no ano passado surgiram 49.240 novos casos da doença. Para o médico Mastologista com mais de 15 anos de experiência, Dr. Thiers Deda Gonçalves, os homens tendem a aceitar melhor a situação. “O câncer de mama por estar mais difundido entre as mulheres, a doença é descoberta de maneira precocemente. Nos homens, geralmente quando descobrimos o câncer já está em estado avançado”, comentou o especialista.
“Em Sergipe surge 30 casos novos para cada 100 mil mulheres, a proporção para os homens é que em cada 100 casos, um surge em homem. A doença aparece da mesma maneira igual em ambos os sexos e com os mesmo sintomas, um nódulo aparece em uma das mamas, sempre indolor e de forma endurecida”, frisou o mastologista Thiers Gonçalves.

Tratamento

Para o oncologista e proprietário de uma Clínica Oncológica de Sergipe, Dr. Roberto Gurgel, que realiza em sua instituição cerca de 700 tratamentos por mês, a incidência de câncer de mama em homens no estado é pequena. “Trabalho na área desde 1988 e só operei quatro pacientes do sexo masculino. Uma coisa que constatei é que o homem não tem nenhuma resistência para a retirada da mama, porém os casos são diagnosticados mais tardiamente”, alertou o Cirurgião Oncológico.
“O tratamento tanto para o homem como para a mulher é o mesmo, dependendo do caso pode ser Quimioterapia, Radioterapia, remoção parcial dos nódulos axilares ou remoção da cirúrgica da glândula”, acrescentou o médico.

Ginecomastia

Um caso mais comum entre os homens é o desenvolvimento das mamas devido a patologias, geralmente associadas a desequilíbrios hormonais, caso conhecido por ginecomastia que atinge cerca de 40% dos homens. Felizmente, na maioria dos casos, a ginecomastia é benigna sendo freqüente em adolescentes e em homens da meia idade (50 a 60 anos). “Nestes casos as mamas crescem e ficam doloridas. Caso o paciente queira pode ser feito uma cirurgia simples e com um bom resultado estético”, ressaltou o Dr. Thiers Gonçalves.

Fonte: Infonet

Parente da bactéria da tuberculose pode virar vacina contra a doença

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Seg, 05 de setembro de 2011



Um estudo publicado na edição desta semana da revista Nature relata o desenvolvimento de um novo candidato a vacina contra a tuberculose.
Em estudos animais, o fármaco mostrou-se potente e seguro, embora os efeitos ainda precisem ser potencializados.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a tuberculose mata 1,7 milhão de pessoas todos os anos. No Brasil são quase 5 mil vidas perdidas anualmente.
A proliferação de cepas resistentes aos medicamentos está tornando o desenvolvimento de uma vacina contra a tuberculose uma questão urgente.
Vacina contra a tuberculose
Depois de mais de 80 anos de estudos, os primeiros fármacos candidatos a vacina contra a tuberculose começaram a ser testados em 2009, mas os resultados não são esperados antes de 2016.
A única vacina atualmente usada, a BCG (Bacille Calmette-Guérin), tem-se mostrado inconsistente e não protege contra a tuberculose pulmonar.
Para o Dr. William Jacobs, coordenador da nova pesquisa, uma vacina eficaz contra a tuberculose exige um melhor entendimento dos mecanismos que a bactéria Mycobacterium tuberculosis usa para se evadir das defesas do sistema imunológico humano.
Bactérias parentes
Jacobs e seus colegas trabalharam com uma parente da bactéria da tuberculose, a Mycobacterium smegmatis, que é fatal para camundongos mas não causa problemas para os seres humanos.
Quando um conjunto de genes, chamado ESX-3, é retirado dessa bactéria, ela não consegue mais fugir do sistema imunológico dos animais.
Contudo, retirar esse mesmo conjunto da M. tuberculosis simplesmente mata a bactéria, o que impede sua manipulação para produzir a vacina.
Os cientistas partiram então para substituir o conjunto de genes ESX-3: eles pegaram a M. smegmatis sem ESX-3 e inseriram nela o conjunto análogo da M. tuberculosis, o que aumentou o tempo de vida dos animais em quase três vezes (de 54 para 135 dias).
E os animais que viveram mais apresentaram níveis reduzidos da M. tuberculosis no seu fígado, um efeito inédito.
Esperança
Apesar de animadores, os melhores resultados só foram obtidos em um em cada cinco animais, que viveram mais de 200 dias.
Isto mostra que a vacina ainda terá que ser bastante potencializada antes de ser considerada eficaz.
"Nós nem mesmo sabemos se ela vai funcionar em humanos, mas é certamente um passo significativo no esforço para criar uma vacina melhor contra a tuberculose," concluiu o pesquisador.

Fonte: Diário da Saúde

Estudo acha mutação que pode deflagrar leucemia infantil

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Seg, 05 de setembro de 2011


Um "interruptor" celular ativado por engano pode estar por trás de parte dos casos do pior tipo de leucemia a atingir crianças --a que ataca as células de defesa conhecidas como linfócitos T.
Num trabalho de detetive molecular, uma equipe internacional de pesquisadores, liderada por um grupo de Campinas (SP), mapeou os passos que levam de uma alteração no DNA à origem da doença. E já mostrou, em laboratório, uma possível estratégia para destruir as células afetadas pela leucemia.
O resultado sairá em edição futura da revista científica "Nature Genetics". Embora nem de longe resolva o problema da maioria das crianças com leucemia, os achados podem abrir caminho para tratamentos mais certeiros e individualizados.
"É uma forma mais precisa de caracterizar a doença", afirma José Andrés Yunes, pesquisador do Centro Infantil Boldrini, hospital de Campinas dedicado ao tratamento de cânceres e doenças do sangue de crianças. Yunes foi um dos coordenadores do estudo, junto com João Barata, da Universidade de Lisboa.

TERÇO

A mutação estudada pelos pesquisadores parece ser um dos eventos desencadeadores da leucemia linfoide aguda, doença que corresponde a um terço dos cânceres infantis no mundo.
Os dois tipos básicos da doença afetam os linfócitos B (células que produzem anticorpos) e os linfócitos T (atacam e destroem células infectadas por vírus).
Foi esse segundo tipo, menos comum e mais letal (só 60% dos pacientes infantis se curam), que os pesquisadores do Boldrini estudaram.
Na doença, uma forma imatura dos linfócitos se multiplica muito além de conta. "Essas células naturalmente precisam proliferar para defender o organismo, mas nesses casos elas tomam o lugar de outras células importantes", afirma Yunes.
Falando com leve sotaque, que mantém apesar de ter deixado a Argentina, seu país natal, aos 12 anos, o cientista compara a mutação que ajudou a identificar a um motor que está sempre ligado --e que ligou a si mesmo.
O motor, no caso, é o receptor (o "ponto de encaixe" bioquímico) da molécula interleucina-7.
Normalmente, a interleucina-7 funciona como sinalizador para o bom desenvolvimento do sistema de defesa do organismo.
Contudo, o grupo verificou que, em 10% das crianças com leucemia das células T, o receptor da interleucina-7 estava alterado, a ponto de não precisar mais de sua substância ativadora para ficar na posição "ligado".
E isso era uma péssima notícia, porque a presença do receptor alterado favorecia a multiplicação das células e as tornava virtualmente imortais --duas das características-padrão de qualquer câncer, incluindo a leucemia.

LEUCEMIA ROEDORA

Bastou injetar células com o receptor alterado em camundongos para que eles desenvolvessem algo muito parecido com a leucemia humana, dizem os cientistas.
A boa notícia, porém, é que os pesquisadores conseguiram usar drogas que inibem as consequências bioquímicas da ativação perpétua do receptor para produzir a morte das células alteradas.
"É claro que a mutação no gene do receptor não deve ser a única causa da leucemia. Nunca há uma só alteração", lembra Yunes. Mas, na fração de pacientes com essa modificação, dá para pensar em atacar diretamente uma das fontes do problema, em vez de depender da ação menos precisa da quimioterapia.

Fonte: Agência de Notícias

Balanço aponta queda nos casos de malária no Brasil

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Seg, 05 de setembro de 2011


Depois de pequena alta nos casos de malária em 2010, houve uma redução de 31% nos registros da doença no primeiro semestre deste ano se comparado ao mesmo período do ano passado, aponta balanço divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde.
O levantamento diz respeito a nove Estados na região da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Tocantins e Pará), que concentra 99% dos casos de malária do país.
De janeiro a junho, foram feitos 115.708 registros da doença na região.
Em 2010, foram 330 mil casos no total, uma alta de 8% em comparação com o ano anterior. O ano passado interrompeu o movimento de queda que vinha desde 2005, quando mais de 606 mil casos foram notificados.
O ministro Alexandre Padilha (Saúde) reforçou a importância da redução dos registros no primeiro semestre, que geralmente reflete a tendência do ano --de alta ou baixa. "É decisivo ganhar a batalha no primeiro semestre. É como se tivéssemos começado o 1º tempo com uma alta de 8%, e o 2º tempo com uma redução de 31%."
A meta do governo é chegar ao final do ano com até 300 mil casos.
Segundo Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde de ministério, a combinação de alguns fatores explicam a redução este ano, como a ampliação do atendimento nas primeiras 48 horas de manifestação da doença e o aumento da rede de diagnóstico no país.
Barbosa diz, porém, que não é possível comemorar até o fechamento dos dados em dezembro. Afirma ainda que é preciso manter a vigilância. "Qualquer descuido pode significar o recrudescimento. O próprio desenvolvimento da Amazônia faz com que as pessoas mudem de área, e isso pode impactar na malária."
Uma das estratégias contra a doença será a distribuição de 1,1 milhão de mosquiteiros impregnados com inseticidas. O custo unitário é de R$ 13, e eles devem ser distribuídos entre os 47 municípios mais vulneráveis à doença, todos na região da Amazônia Legal.

Fonte: Agência de Notícias